O Anoitecer da Vida
Audálio A Tavares
Sonata triste, o anoitecer da vida;
Executada na sôfrega jornada.
Prostrado da insólita caminhada,
Deixando mágoas, pensando as feridas.
Penúria de quem fica desvalido,
Rebelado, cansado de esperar;
Crê na justiça foi sonho perdido,
Ou liberdade que não se pode alcançar.
Ninguém assiste à tragédia humana.
Somos ainda vassalos de feudais,
Impingidos a tributos infernais.
Oblação calcada em falsidade,
De consciências supitadas se ufanam,
Num lasso mundo de desigualdade.
//// //// ////