domingo, 16 de janeiro de 2011

                       Senhores da Cobiça
(soneto)

Há um povo que pacificamente assiste,
A destruição das verdes florestas;
Imbuído por costumes não desiste,
Fadigado da vida que se presta.

Esfomeados senhores da cobiça!
Sugam até a última gota à seiva,
Levam a morte a terra onde não viça
Nem mais um ramalhedo que se veja.

Dos pássaros o canto silencia,
A fauna jaz nas cinzas sepultada,
Num ato de insensata covardia.

Malfeitores cruéis da humanidade,
Que sem ordem ou licença delegadas,
Espalham desumana crueldade.
                               
                              Audálio A. Tavares