domingo, 21 de agosto de 2011

A Tarde em seu desmaio Audálio A Tavares Após tensa jornada, em seu langor, A tarde, rubra, caia em seu desmaio; Sedada pelos sanguíneos raios, Que o sol esparge com seu esplendor. O ar seco sem os favores do vento, Um coquetel de oxigênio e fumaça; Gás carbônico de escapamentos, Massa cinzenta, nociva ameaça. Mas sempre uma surpresa reservada, Num oposto, vislumbre de beleza; Os pássaros ensaiando a revoada, Introduz um balé na natureza. Contemplo o bojo da lida urbana, Com empecilhos, mas, com seus encantos; Envoltos nela, muitos que se enganam, Ficam deprimidos, tesos no espanto.

N A D A   P O S S O

Audálio A Tavares

Não posso mudar o mundo,
Nem posso voltar no tempo;
Mas posso traçar a vida...
Na força do pensamento.

Se positivo eu pensar,
No que se concentra a mente;
Na força da atração,
Não compreende o sonhar.

Não posso parar o vento,
Porque nele solto o grito
E me leva aos bons momentos...
Quando me vejo a pensar.

Não posso deter as ondas,
Que se encapelam no mar;
Pos isso fico na areia,
Pra ver a onda quebrar.

Não posso evitar a morte,
Que todos tem de enfrentar;
Mas posso tentar viver!
Sem ter que nela pensar.