A Tarde em seu desmaio
Audálio
A Tavares
Após
tensa jornada, em seu langor,
A
tarde, rubra, caia em seu desmaio;
Sedada
pelos sanguíneos raios,
Que
o sol esparge com seu esplendor.
O
ar seco sem os favores do vento,
Um
coquetel de oxigênio e fumaça;
Gás
carbônico de escapamentos,
Massa
cinzenta, nociva ameaça.
Mas
sempre uma surpresa reservada,
Num
oposto, vislumbre de beleza;
Os
pássaros ensaiando a revoada,
Introduz
um balé na natureza.
Contemplo
o bojo da lida urbana,
Com
empecilhos, mas, com seus encantos;
Envoltos
nela, muitos que se enganam,
Ficam
deprimidos, tesos no espanto.
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