domingo, 24 de outubro de 2010

A SAGA DO SERTANEJO


 Audálio A Tavares


Relva seca sol ardente,
Horizonte a tremular;
Pés descalços terra quente,
Desatino dos viventes!
Sertanejo caminhando
Sem saber onde parar

Ossada de gado morto,
Urubus cobrindo o ar;
Sem Ter direito ao conforto,
E nem mesmo poder sonhar.
Sertanejo caminhando
Sem saber quando parar

Pele crespa ao relento,
Olhos fundos de aflição ;
Já não tem noção do tempo,
Fraco e quase sem visão.
Sertanejo caminhando
Sem saber se vai chegar.

Tomado d’um sentimento,
Que não se pode explicar
Vai pensando num momento,
De algum dia poder voltar.
Sertanejo caminhando
Sem Ter direito a sonhar.

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